Balança Comercial, Balança de Serviços e Balança de Bens e Serviços, 1996-2020

 1. Utilizando a nomenclatura do Banco de Portugal e os dados do PORDATA. * GDrive

1.1. Representa graficamente a Balança Comercial (Saldo, Exportações e Importações de Bens).
1.2. Representa graficamente a Balança de Serviços (Saldo, Exportações e Importações de Serviços).
1.3. Representa graficamente a Balança de Bens e Serviços (Saldo, Exportações e Importações de Total).
1.4. No mesmo ficheiro, calcula a Taxa de Cobertura (Fórmula) das importações pelas exportações de Bens e Serviços, de Bens e de Serviços. Publica esta tabela. (Podes conferir aqui)

https://docs.google.com/spreadsheets/d/1bU-zQn3XoERk98lzRdsLD4qE6_CK0G6Y6Duga5h5XBI/edit?usp=sharing

1.5. Comenta os gráficos e a tabela construídos nos pontos anteriores.

1.1 - O Saldo da balança comercial ou de bens é, ao longo de todos os anos analisqados, negativo. Isto explica-se pelo facto de que em todos os anos o valor dasimportações ser mais elevado que o das exportações. Este défice diz-se ser estrutural, e deve -se à fragilidade da economia portuguesa, onde há pouquíssimas industrias, e produção com pouco trabalho incorporado (o que faz com que sejam mais baratos), e importa produtos com muito trabalho e tecnologias incorporadas (ou seja, mais caros).

1.2- O saldo da balança de serviços é sempre positivo em todos os anos analisados, apesar de em 2020 haver um grande decréscimo (devido à pandemia). Estes valores positivos podem ser explicados pelo grande contributo do turismo, já que as despesas dos turistas em Portugal são superiores às dos portugueses em turismo no estrangeiro. 

O saldo positivo do turismo cobre o saldo negativo de outras actividades, tais como as companhias de seguros.

1.3- O saldo da balança de bens e serviços é, até 2013, negativo. Isto explica-se pelo total das importações ser mais elevado que o das exportações - este cenário verifica-se somente nos bens e não nos serviços, mas os valores dos bens juntos com os dos serviços formam este cenário. A partir de 2013, a balança começou a ser positiva apesar de estar perto do 0, pois apesar das importações na totalidade tambem aumentarem, as exportações aumentaram na totalidade também.

1.4- A taxa de cobertura é apenas superior a 100% nos serviços. Isto explica-se pois, como verificado anteriormente, há um superavite na balança de serviços. Ao contrário da taxa de cobertura dos bens, que é inferior a 100%, o que significa que há um défice.

A taxa de cobertura dos bens e dos serviços está acima da somente dos bens, mas abaixo da dos serviços, ja que esta taxa de cobertura é uma junção dos bens com os serviços. A partir de 2013, a taxa de cobertura passou a ser superior a 100. 

2. Observa o quadro Grau de exposição ao comércio internacional.
2.1. Identifica três produtos com maior exposição e outros três com menor. Comenta.

Em 2019, os três produtos com maior exposição eram os Produtos farmacêuticos de base e preparações farmacêuticas, Máquinas e equipamentos (ambos com 98,12%) e Equipamento eléctrico (99,17%).

Os três produtos com menos exposição eram em 2019 Serviços de acção social com 0,02%, Serviços das famílias empregadoras de pessoal doméstico, produção de bens e serviços pelas famílias para uso próprio (0,06%) e Serviços imobiliários (com 0,07%).

Isto significa que os produtos com a percentagem maior são os produtos com mais exposição à concorrência internacional, tanto pela exportação de produção nacional como pela concorrência com importações no mercado interno - neste caso, os três produtos têm uma maior exposição devido às importações por parte do nosso mercado, especialmente as máquinas e equipamentos eletrónicos, que são importadas por nós das grandes economias. Ao estarem mais expostos ao comércio externo, a facilidade desses bens serem transacionados aumenta.

 E os com uma percentagem mais baixa são os com menor exposição, ou seja, ou que são menos importados ou igualmente menos exportados. 

2.2. Analisa a evolução do grau de abertura ao exterior nos produtos acima indicados.

Todos os produtos considerados acima como os com menor exposição estiveram ao longo dos anos sempre muito próximos do 0. 

Os com maior exposição vieram sempre a aumentar desde 1995, com a exceção de uma queda mais marcante de 2008 para 2009 nas máquinas e equipamentos elétricos justificada pela crise financeira.

Essa queda não foi muito acentuada nos produtos farmacêuticos, por serem talvez produtos mais essenciais do que máquinas e produtos elétricos.